No dia 15/11/2025 fui recebido em audiência particular pelo Papa Leão XIV na Biblioteca do Palácio Apostólico. A audiência durou 30 minutos. Além de me apresentar como Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, que ele certamente conhecia só por informes, expliquei a ele a origem e a razão pela qual foi criada pelo Papa São João Paulo II em 2002. Contei a ele a nossa história e lhe dei os documentos nossos e da Santa Sé a respeito. Dei a ele também alguns livros meus, artigos e esclarecimentos. Falei sobre o nosso itinerário teológico e espiritual, sobre como saímos do estado de separação da Igreja e de como chegamos à compreensão da necessidade da comunhão, na qual agora, graças a Deus e à Igreja, nos encontramos.
Exprimi-lhe a nossa comunhão e firme adesão a Cátedra de Pedro, na pessoa dele.
Ele me fez várias perguntas sobre a nossa posição, que respondi corretamente, deixando-o bem satisfeito.
Ele percebeu que somos bem diferentes de outros grupos radicais e cismáticos.
Recordei com ele a frase de Santo Agostinho: “Fora da Igreja pode se ter muita coisa boa; pode se cantar Aleluia, Amém, fazer o sinal da cruz etc… Mas, fora da Igreja, não há salvação”.

Mostrei a ele como estamos em comunhão com o nosso Bispo diocesano e com os outros Bispos católicos.
Expliquei-lhe como funciona o nosso Seminário e nossa triagem de vocações.
Expliquei-lhe que atendemos também 11 outras dioceses com a permissão ou pedido dos Bispos locais.
Falei-lhe, assim e portanto, da necessidade de continuar com a nossa Administração Apostólica pelo bem da Igreja.
Disse-lhe que já havia apresentado minha carta de renúncia, pelos meus 75 anos, e a necessidade da continuação de termos um bispo.
Claro que a resposta dele virá através dos canais competentes, após as consultas de praxe.
Fiquei muito satisfeito com essa visita cordial e auspiciosa, demonstrando nossa adesão e comunhão com a Cátedra de Pedro na pessoa dele.
No final, citei e recitamos juntos a oração: Dominus conservet eum … et non tradat eum in manibus inimicorum eius.
Sobre a minha renúncia, não me julgo necessário nem insubstituível, o que ninguém é, como sempre ensinei.
Claro que não pedi nada, além da benção dele. Faço minha a oração de São Martinho: “Senhor, se ainda sou necessário ao vosso povo, não recuso o trabalho”.
Mas esses trâmites demoram um pouco. O Papa não dá resposta imediata. Faz muitas consultas primeiro.
Repeti a ele a frase dele, quando cardeal, durante o Conclave: “Estamos nas mãos do Espírito Santo e da Igreja”.
Rezemos para que o Papa faça o que for melhor para o futuro da nossa Administração Apostólica, para o bem da Igreja e para a glória de Deus.
Nossa Senhora, Mãe da Igreja, vai sempre nos proteger.
Deus provê, Deus proverá! Sua misericórdia não faltará.
Fotos: Vatican Media

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