Por Juliana Fragetti Ribeiro Lima
Missa Pontifical com a igreja TOMADA de fiéis…
Durante os dias da JMJ, a Antiga Sé, que foi reservada de modo especial para a missa tridentina ou a forma extraordinária, como é atualmente chamada, esteve desde as primeiras horas da manhã até à noite sempre cheia de peregrinos.
Uma afluência enorme. Alguém dirá que as demais paróquias também ficaram assim. Se fosse verdade que a forma extraordinária agrada só a um pequeno grupo de pessoas idosas e saudosas… não teria havido o fluxo de pessoas que recebeu, certo? Pois é. E um detalhe interessante: muitas, inúmeras foram as pessoas que conheceram a missa tradicional ali pela primeira vez. E, após a missa, buscavam informações sobre ela, se era celebrada sempre ali etc.
Interessante foi ver também outro ponto que em realidade é apresentado como uma dificuldade, e que terminou sendo uma ótima solução: o latim. Lá na Antiga Sé, o latim desempenhou de fato uma de suas finalidades: manifestar a unidade da Igreja. Um coroinha coreano serviu a missa celebrada pelo Revmo. Monsenhor José de Matos Barbosa. E ele não falava um “a” em português, mas sabia responder a Missa em latim, à qual ele assiste no seu país de origem. Quando – na missa em vernáculo – seria possível o padre e o coroinha serem de nacionalidades diversas? Pois é. E essa foi uma das muitíssimas situações assim. Em outra – em uma missa que a escriba assistiu – um coroinha brasileiro acolitou a missa de um padre… alemão! Um não falava – mais uma vez – o idioma do outro, mas ambos sabiam a missa em latim.
E essas missas “privadas” eram de hora em hora. Em algum altar havia um padre celebrando. Passar ali era certeza de assistir a alguma missa “privada”. Fosse a hora que fosse. Mesmo durante as catequeses e missas de S. Excia., se viam acontecer em altares e capelas laterais missas privadas. Algumas delas deixaram de ser “tão” privadas. Em uma delas, um padre estava celebrando num altar lateral, com no máximo 2 pessoas atrás dele.
Uma missa nada “privada”…
Em menos de 10 minutos tinha uma “multidão” atrás dele com máquinas fotográficas, fazendo questão de registrar o que para muitos desses jovens era algo desconhecido: as missas privadas, o fato de que os altares laterais das nossas igrejas não eram enfeites, antes foram feitos para isso. Mas o que pode parecer óbvio a mim ou ao leitor, não o era para muitos dos jovens que por lá passaram.
Houve também missas segundo a Forma Ordinária inclusive uma delas celebrada por padres do Opus Dei. Houve ainda concertos, sendo que também a Antiga Sé foi centro de distribuição de café da manhã e de catequese. As catequeses foram dadas pelo Administrador Apostólico, Dom Fernando Arêas Rifan. Impressionava ver jovens sentados no chão nas catequeses. A igreja cheia e não bastasse os bancos tomados, as pessoas sentavam no chão, onde dava. Na quarta, dia 24, teve lugar à noite um solene pontifical com D. Fernando. Muitas horas antes de começar a missa (por volta das 16 horas) já se viam pessoas sentadas. Esperando, guardando lugar. Ah, mas o pontifical era às 19, que exagero, três horas, alguém diria! Não, não era exagero. Era – como se provou mais tarde na missa – prudência. A igreja ficou não só pequena, como se diz. Mas literalmente tomada de pessoas, por todos os cantos. Não havia chão para pisar e/ou andar. De modo que a procissão de entrada precisou pedir licença e sair abrindo caminho no meio das pessoas para conseguirem chegar ao altar. Foram tantas pessoas que havia gente do lado de fora – e chovia! – assistindo por meio de um telão!
Fato é que mais de mil pessoas estiveram naquela missa pontifical. E essa escriba tem a certeza de que se os fiéis que ali estiveram pedirem nas suas dioceses a missa tradicional, a Adm. Apostólica terá muito trabalho em pouco tempo. Ficamos muito felizes de ver a divulgação que a missa tradicional obteve. Como falou um sacerdote em uma conversa privada: numa próxima, deveremos pedir uma igreja maior, já que estamos sabendo que virá muita gente. Que Deus seja louvado por essa geração estar podendo conhecer a missa que fez tantos santos através da História. Como será numa próxima edição? Só Deus poderá dizer. Mas esperamos doravante algo maior. Ad maiorem Dei gloriam!
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