O subdiaconato é a primeira das ordens maiores, embora não seja parte mesma do sacramento da Ordem, é a Ordem pela qual os ordenados são tidos na Liturgia como ministros sagrados pela qual a Igreja confere o poder de servir ao diácono na missa solene, de lhe oferecer o cálix e a patena, de preparar a água para o s. sacrifício, de cantar a epístola e de abluir as palas e os corporais. Nosso Senhor exerceu este oficio quando em Caná de Galiléia fez vinho da água para o banquete nupcial e quando na última ceia lavou os pés dos discípulos. (Durandus I. II c. 8 n. 5.)
A matéria do subdiaconato provavelmente é dupla: o cálix vazio com a patena e o epistolário. A forma são as palavras que o bispo profere entregando esses objetos.
A origem do subdiaconato deve-se à necessidade de auxiliares para os sete diáconos, cujo número não se quis mudar. Por isso esse auxiliar subalterno é chamado subdiácono, pois que o diácono é o primeiro ministro. Foi instituído ainda no tempo dos apóstolos, “desde o princípio da Igreja.” Antigamente o subdiácono estava encarregado de ajudar o diácono, recebendo com ele as ofertas do povo e colocando no altar uma parte delas, suficiente para a comunhão dos fiéis. Devia guardar a porta das mulheres, ao passo que o diácono guardava a dos homens. Estava-lhe confiado o cuidado dos sepulcros dos mártires, das relíquias dos santos e das sagradas hóstias restantes da comunhão. Ocupava, portanto, uma posição muito honrosa de que ainda hoje está investido. Contudo esta ordem é sacramento. Na Igreja grega é ordem menor. Na Igreja romana só no século XIII (Inocêncio III) se começa a contá-la entre as ordens maiores. Mas a importância que a Igreja liga a este grau eclesiástico pode-se inferir das obrigações impostas aos que têm a honra de pertencer a ele. Cada dia o subdiácono deve rezar o oficio divino, e na Igreja romana deve guardar o celibato.
A obrigação do celibato é igual à do voto solene de castidade e é impedimento dirimente do matrimônio. A violação desta lei é um sacrilégio, de sorte que o transgressor pelo pecado, quer interno quer externo, comete dois pecados, contra a castidade e contra o voto.
A virtude característica do subdiácono é o espírito de fé (in vera fide fundati, Pont.), considerando-se irrevogavelmente destinado ao santo serviço do santo altar. Os paramentos do subdiácono pela sua significação mística ensinam as virtudes, que a Igreja nele deseja. A alva significa a inocência da vida, o cíngulo a castidade, o amito a firmeza da fé; o manípulo a colheita das boas obras adquiridas pela vida austera e caridade pratica de Deus, a tunicela a alegria espiritual fundada na fé viva e caridade divina.
Fonte: seminarioic.org
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