
Dom Fernando Arêas Rifan*
A Igreja está em festa com a eleição do Cardeal Robert Francis Prevost como o 267º Papa, assumindo o nome de Leão XIV, tornando-se assim o 266º sucessor de São Pedro na Cátedra de Roma. Confirma assim o dogma católico de que Pedro sempre terá perpétuos sucessores até o fim dos tempos. A Igreja não acaba com a morte de um Papa. Nossas orações o acompanham.
“Depois da aceitação, o eleito, que já recebeu a ordenação episcopal, é imediatamente Bispo da Igreja Romana, verdadeiro Papa e Chefe do Colégio Apostólico. Ele adquire, de fato, o poder pleno e supremo sobre a Igreja universal, e pode exercê-lo” (Universi Dominici gregis, n. 88). Por isso, a partir do momento da proclamação do Romano Pontífice eleito, a Igreja, nas celebrações litúrgicas, recordará o Papa da maneira habitual. As nossas comunidades cristãs são convidadas a dar graças ao Senhor pela eleição do novo Romano Pontífice e a rezar pelo novo Papa em todas as celebrações…
“ – Deus nosso Pai, que sempre sustentais a vossa Igreja, nós vos damos graças pela eleição do Papa Leão. Concedei-lhe edificar o povo que lhe foi confiado com a palavra e o exemplo. – Deus eterno, que assistis a Igreja com amor providente, sustentai com a vossa bênção o vosso servo e nosso Papa Leão, para que o seu ministério seja rico de frutos abundantes. – Deus de amor, santificai e protegei a Igreja, para que, sob a direção do nosso Papa Leão, ela se alimente assiduamente do Evangelho e da Eucaristia e cresça na comunhão do vosso Espírito. – Senhor nosso Deus, que escolhestes o vosso servo Leão. para Bispo de Roma, sustentai-o com o vosso amor para que ele seja fundamento visível de unidade na fé e comunhão na caridade”.
Celebramos nesta semana a festa de Nossa Senhora de Fátima, que no dia 13 de maio de 1917 apareceu a três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta. Jacinta, santa, viu o Papa numa visão, sofrendo e sendo perseguido, o que a motivou a rezar muito por ele e a oferecer-se em sacrifício pela sua proteção. Ela tinha uma paixão especial pelo Papa e sentia-se chamada a rezar por ele, reconhecendo a sua necessidade de oração. O Céu tinha-lhe falado do Papa. Pediu orações por ele. A Jacinta, com 7 anos de idade, entendeu bem, na visão que lhe foi dado contemplar, que o Papa sofria muito, que necessitava de orações. Ficou “apaixonada” por ele.
A paixão pelo Papa levava-a a rezar muito pelo Santo Padre, a sacrificar-se por ele, mesmo, ao que parece, sem saber bem quem era e que nome tinha. Dizia com frequência, refere a sua prima Lúcia, “coitadinho do Santo Padre”, e relatava novamente o que vira na célebre visão: o Papa em sofrimento, em oração, insultado, perseguido, caluniado. Ela, com seu coração de santa, sofria muito e o sofrimento fazia brotar-lhe a oração pelo Papa. Tinha necessidade de
rezar por ele e de pedir a outros que rezassem. O sofrimento, as perseguições a que o Papa era submetido faziam-na vibrar de amor, de oração, de dor, de paixão.
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