Por Pe. Gaspar S. C. Pelegrini.
“O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, quando um homem o encontra, movido de alegria, foi vender tudo o que possuía e comprou aquele campo.” (Mt, 13, 44)
A Vocação pode ser comparada a tesouro escondido no campo de que Jesus fala.
Sim! A vocação é um tesouro, mais valioso que todos os tesouros da terra.
E vamos provar esta afirmação analisando três pontos:
O que é a vocação?
Quem dá a vocação?
Para que serve a vocação?
1-Que é a vocação?
Que é a vocação? É uma pergunta que muitos se fazem. Ouve-se dizer, que fulano tem vocação, que é um vocacionado. Que quer dizer ser vocacionado?
Bem, a palavra vocação vem do latim, quer dizer chamado, apelo. Vocação sacerdotal é, pois, um chamado para ser padre. Portanto, quando dizemos que fulano é um vocacionado estamos dizendo que ele está sendo chamado para o sacerdócio. Mas se ele está sendo chamado, alguém está chamando. Quem é que o chama para ser padre? Vamos, pois, ao segundo ponto.
2-Quem dá a vocação?
É Deus Nosso Senhor. Tal jovem será padre, não porque ele escolheu esta vocação, mas porque Deus o chamou. Jesus nos diz no Evangelho: “Não fostes vós que Me escolhestes, Eu que vos escolhi.”
A vocação é, portanto, um chamado de Deus para o sacerdócio. É uma escolha de Deus. Mas, aparece outra pergunta: A quem Deus chama?
A quem ele quer, a quem Ele mais ama. É um mistério do amor de Deus.
De tudo o que dissemos, podemos formular a seguinte afirmação:
A vocação sacerdotal, ou o chamado de Deus para ser padre é um mistério do Amor de Deus, é um Dom do coração de Jesus, é um tesouro, uma coisa preciosa que Deus concede, não a todos, mas aos que Ele mais ama. Desprezar, portanto, este dom de Deus, seria desprezar o próprio Deus. Seria uma grande ingratidão.
Passemos agora ao terceiro ponto.
3-Para que serve a vocação?
Para que haja entre nós sacerdotes que celebrem a Santa Missa, que dá tanta glória a Deus e nos traz tantos benefícios; sacerdotes que batizem as crianças, fazendo-as filhos de Deus; sacerdotes que perdoem nossos pecados, pela confissão. Padres que consigam de Deus todos os benefícios de que nós precisamos.
É pela vocação que vêm os padres. Portanto, se as vocações forem desprezadas, ficaremos sem padres. E ficando sem padres, ficaremos sem a Santa Missa, sem os sacramentos, sem tantos auxílios de Deus.
Com isto vemos a importância do padre, vemos porque Nosso Senhor sempre suscita vocações. Vemos também que só um louco poderia recusar este tesouro tão precioso como é a vocação sacerdotal.
Parece então que o mundo está cheio de loucos, ou, pelo menos, de ignorantes, pois proporcionalmente falando, são poucos os jovens que seguem o chamado de Deus. Alguns jovens não conhecem a vocação e há outros que não tem coragem de segui-la.
Que devemos fazer, então?
Trabalhar para que haja vocações, para que os jovens conheçam a vocação e sejam generosos em seguí-la.
E, como trabalhar?
Rezando, rezando muito. Não nos esqueçamos nunca de que Deus condicionou o número de vocações às nossas orações.
Unamos à oração a penitência, que é um meio poderoso para conquistar o Coração de Jesus.
Rezar e fazer sacrifícios é uma obrigação que se refere a todos os fiéis.
Mas, para os jovens e as crianças, para que aumente o número de vocações, há ainda outra coisa a fazer,uma coisa muito importante: os jovens e as crianças devem se examinar diante de Deus, devem procurar ver se estão ou não sendo chamados por Deus. E, para que possam fazer bem este exame, devem rezar muito, consultar um bom sacerdote, que os possa ajudar a conhecer melhor a Vontade de Deus. Os jovens devem repetir com freqüência aquelas palavras de S. Paulo: “Senhor, que quereis que eu faça?”
Se nós rezarmos e fizermos penitência, e se os jovens seguirem estes conselhos, as vocações se multiplicarão e, então, cada vez mais a vocação será aquele tesouro que, quem o encontra, pela alegria que ele suscita, deixa tudo para possuí-lo.
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